quarta-feira, 18 de março de 2015

Tudo bem..?

Como assim tudo bem? Como assim as pessoas mentem sobre seu verdadeiro humor?
Assim, não expondo suas emoções...
Mas porquê?
Porque... Não sei...

Esse “diálogo” é uma das coisas que perambulam em minha cabeça. Apesar que às vezes faz um certo sentido; às vezes eu faço isso, eu minto sobre minhas emoções. Agora você meu querido leitor deve estar pensando o porquê, complicado... , eu não sei. Mas vamos combinar que as vezes nem você diz a verdade, e agora, você sabe por que faz isso?
Não tenho nenhuma resposta para está pergunta, mas um dia ouvi a seguinte frase: "Talvez não falamos toda a verdade sobre nossos sentimentos para não preocuparmos as outras pessoas...”.
Às vezes penso bastante antes de responder esta questão quando não estou muito bem, não sei, mas quando uma amiga minha me pergunta isso, mesmo sabendo que não estou muito bem, digo que estou bem. Acho que concordo com a frase que ouvi, às vezes não falamos a verdade porque as pessoas que se IMPORTAM conosco tentam nos ajudar, e acabam ficando com mais dores de cabeça, as dores de cabeça que na verdade deveriam ser suas; Já os que NÃO se importam com você, só perguntam, pois talvez você pode parecer estar triste, mas quando você diz que não está bem, a pessoa simplesmente diz: “Tudo bem, vai passar..." E com isso, às vezes, você fica pior ainda, não é mesmo?

Mas então, tudo bem..?

quarta-feira, 4 de março de 2015

O ônibus, as pessoas e o silêncio...

Um dia qualquer, num ônibus qualquer. Um silêncio muito bom, sem conversas, sem musicas altas, nem bancos barulhentos, apenas o barulho do ônibus nas paradas.

Começo a reparar em algumas pessoas a minha volta, como por exemplo um cara com cabelo, fones de ouvido, óculos e olhos pretos. Estava usando uma calça jeans clara e uma camisa social listrada. Ele parecia estar pensando em sua namorada, no banco ao seu lado não havia ninguém.
Atrás de seu banco havia uma senhora, de cabelo grisalho e vestido preto. Ela estava dormindo. A moça ao seu lado estava ouvindo música, ela estava olhando para o céu, com a cabeça encostada na janela, ela deveria estar pensando em seus filhos.
         A moça que estava sentada ao meu lado, estava usando uma camiseta preta e uma calça jeans bem escura, ela estava jogando “Pou” , e segurando sua mochila roxa com detalhes pretos.
         Não vou descrever todos a minha volta porque eram muitos, por isso vou pular algumas partes. Quando já estava perto de casa (do ponto perto a minha casa), paramos em frente a um bar (pois o farol estava vermelho), o volume do som estava bem alto, não estava um som agradável para ninguém (eu acho, já que todos pareciam desconfortáveis). Era uma música barulhenta, com uma batida... também desagradável. 
         Quando vi o farol ficar verde, fiquei um pouco aliviada (pois o farol demorou para ficar verde), já que o ônibus ia sair da frente do bar, mas não foi o que ocorreu. Não sei o que aconteceu “lá na frente” (os carros que estavam de frente para o farol), mas sei que ficamos um bom tempo, escutando a mesma musica...       

         Essa música acabou com aquele silêncio. Aquele silêncio que apenas ônibus tem. Aquele silêncio que conseguimos ver, um silêncio de páginas  sendo viradas, sons de zíper, som da catraca virando, nenhum som alto demais que deixe pessoas desconfortáveis, e sim sons que por mais simples que sejam, e que escutamos no dia-a-dia, conseguimos reparar, naquele silêncio que o ônibus nos proporciona..!